Apresentação no Salão de Extensão de 2007 da UFRGS


Título: DEMOCRATIZANDO A COMUNICAÇÃO – EXPERIMENTAÇÕES JUNTO AO COMITÊ DE RESISTÊNCIA POPULAR NA RESTINGA


Área Temática: EDUCAÇÃO
Modalidade: SALÃO DE EXTENSÃO – COMUNICAÇÃO ORAL
Instituição:

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Palavras-chave:

Rádio Comunitária ; Democratização da Comunicação; Educação Popular ; Juventude


Equipe:


NOME

PARTICIPAÇÃO

NAIR IRACEMA SILVEIRA DOS SANTOS

Coordenador(a) Geral

MARCOS VINICIUS DA SILVA GOULART

Apresentador de Trabalho


Contato: MARCOS VINICIUS DA SILVA GOULART
Telefone: 91181886
E-mail: marcos.goulart@ufrgs.br

 


Síntese do Projeto:


Projeto realizado através de uma parceria entre Comitê de Resistência Popular da Restinga e Conexões de Saberes/UFRGS que tem por objetivo a retomada democratização da comunicação no bairro Restinga, processo interrompido com o fechamento da Rádio Comunitária Restinga em 2004. As atividades ocorrem através da participação em reuniões do comitê, discutindo a comunicação popular; nos programas da feira modelo da Restinga; e em oficinas de comunicação com jovens.


Resumo:


A partir do histórico de mobilização por um veículo de comunicação alternativo próprio, a Restinga encontra-se em vias de consolidar a comunicação como uma possibilidade concreta e viável de fortalecimento das relações comunitárias. Vislumbra-se um importante espaço de atuação para a juventude desse bairro que, como todos de periferia das grandes cidades, carrega o estigma de não oferecer muitas alternativas aos jovens. Por isso, o diálogo entre o Programa Conexões de Saberes e o Comitê de Resistência Popular da Restinga tem sido bastante frutífero no que diz respeito ao objetivo máximo da proposta, a saber: a construção de diálogos entre a Universidade e as Comunidades Populares. Com o intuito de reerguer uma Rádio Comunitária na Restinga, há algum tempo o Comitê de Resistência Popular tem desenvolvido um trabalho de comunicação na feira modelo da Restinga que acontece todos os sábados, chamado de Rádio Corneta. Nessa rádio os estudantes, juntamente com os moradores do bairro, fazem uma programação que anima e informa os fregueses da feira e os próprios feirantes; entretanto, é nesse animar e nesse informar, que se abre possibilidades de ir além de um veículo de comunicação que se diz representar “o popular” – as grandes rádios comerciais -, pois a simples presença em meio ao trânsito da feira abre espaço para as vozes que passam e dizem o próprio popular: a vida diária em um bairro de periferia. Além desta atividade, desenvolveu-se no ano de 2006 oficinas de comunicação com jovens que se integraram às atividades do comitê em alguns momentos. O resultado dessas oficinas foi a idéia de gravarmos um programa de rádio chamado “Juventude em Foco”, que tinha como intuito “mostrar os problemas que os jovens enfrentam, e desmistificar a imagem que as pessoas têm dos jovens do bairro: que são vistos como “vagabundos e marginais”, como sugeriu um dos jovens participantes do programa. Em uma oportunidade recebemos a visita de um “bonde de funk”, que gravou uma música e participou de um debate no programa. O grupo era formado por três jovens com a média de idade de 18 anos, que moravam no bairro e nunca tinham participado de um programa de rádio. Nesta atividade, os jovens tiveram a oportunidade de produzir a sua própria música, pois a gravação foi produto de uma oficina de produção de áudio no mesmo dia, evidenciando uma forma de protagonismo juvenil que está para além da mera inclusão no mercado de trabalho. A participação dos estudantes na gravação de um programa de rádio chamado Juventude em Foco na Rádio Quilombo FM, e as participações nas reuniões do Comitê de Resistência Popular, evidenciam a construção de uma nova maneira de pensar a comunicação comunitária no bairro, abrindo possibilidades para outros diálogos entre a universidade e comunidades.

Apresentação em ppt

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