Plantando ilegalidade

Foto: Incaper/ESAldem Bourscheit

06.12.2007

Um parecer do Ministério Público Federal (MPF), obtido com exclusividade por O Eco, coloca em xeque a credibilidade e a competência dos órgãos de meio ambiente do Rio Grande do Sul no licenciamento da silvicultura. Recheado de termos como “ilegalidade”, “descontrole” e “inconstitucionalidade”, o texto revela que a Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fepam) vem emitindo “autorizações” e licenças “fragmentadas” para driblar o licenciamento das lavouras de eucaliptos. O Pampa pode ser o maior prejudicado, uma vez que o bioma carece de pesquisas sobre impactos da silvicultura (foto).

“Percebe-se o quão esvaziado resta o ‘controle’ ambiental a que atualmente submetida pela Fepam a silvicultura no Estado do Rio Grande do Sul”, escreve o MPF. O documento revela a emissão de, pelo menos, 84 permissões para plantio de 20.253 hectares (ha) de eucaliptos da Aracruz, 21 para cultivo em 2.611 ha da Votorantim e 20 para plantio em 9.795 ha da Derflin. Esta última foi criada pela sueco-finlandesa Stora-Enso para desviar da lei que barra o uso de faixas de fronteira por estrangeiros.

Os dados revelam eucaliptais em 32.659 ha sem Estudos de Impacto Ambiental autorizados pela Fepam, conforme o MPF. Tratando-se de licenças Prévias e de Operação, os números do MPF são de 60 concedidas à Aracruz (8.566 ha), 60 à Votorantim (8.891 ha) e 15 à Derflin (4.671 ha). A área de plantio é de 22.128 ha.

O somatório de autorizações e licenças é de 54.787 ha. Segundo fontes ouvidas por O Eco, os licenciamentos e autorizações não teriam mapas com localização precisa dos cultivos e nem dados exatos sobre manutenção de parcelas florestais exigidas em lei. “Não somos contrários à silvicultura, mas sim contra o modo como ela vem sendo implantada no estado”, diz o ambientalista e professor de Botânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Paulo Brack.

De acordo com o MPF, a enxurrada de lavouras ganhou terreno com a saída da bióloga Vera Callegaro (Sema/RS) e de Irineu Schneider (Fepam/RS), em maio – a maioria em áreas com menos de mil hectares e sem estudo de impacto ambiental. “Vem a Fundação estadual ré pulverizando a base florestal de um mesmo empreendedor em dezenas de licenças concedidas para imóveis isoladamente somados, (…) empreendimentos que apenas revelam a totalidade de seus impactos se vistos em seu conjunto e no conjunto com os demais que com eles compartilham um mesmo território”, escreve o MPF.

O milagre da multiplicação das licenças é baseado em portarias da Fepam que flexibilizaram o licenciamento da silvicultura. Os instrumentos são considerados insuficientes pelo MPF, que recomenda ao órgão seguir o que manda a legislação. “(…) garantia fundamental (…) é o procedimento legal complexo de licenciamento ambiental, sua substituição por um expedito e precário procedimento de autorização somente é admissível em casos excepcionalíssimos. Não se constitui caso excepcionalíssimo nem se admite a título precário a constituição, em milhares de hectares, de bases florestais destinadas a abastecer futuras indústrias de celulose”, diz o MPF.

Demonstração de agilidade ímpar, a Licença de Operação 3713/2005-DL foi expedida pela Fepam à Votorantim antes de qualquer estudo de impacto. O ato foi considerado nulo, ilegal e inconstitucional pelo MPF. Na página da Fepam há uma área especial para licenciamento da silvicultura – Sistemas Especialistas de Licenciamento – cujo acesso é liberado apenas a “responsáveis técnicos”.

A situação no estado seria agravada pela atuação de funcionários privados “auxiliando” nas permissões para a silvicultura, como da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Ela presta serviços ao governo gaúcho. Um convênio com a Secretaria da Agricultura abastece sua folha de pagamento. “A situação do licenciamento é muito complicada. Funcionários de outros órgãos estão participando”, diz Regina Abrahão, diretora do Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Fundações do RS.

O MPF taxa a situação no Rio Grande do Sul como de “ilegalidade e descontrole ambiental resultante dos procedimentos de autorização e licenciamento ambiental para a silvicultura levados a efeito pela ré Fepam”.

A Justiça é cega

Por seu conteúdo, o documento do MPF/RS tem sido pivô de intensa movimentação jurídica. Elaborado a partir de uma ação civil movida por seis ONGs, levou a juíza federal Clarides Rahmeier a repassar ao Ibama o licenciamento da silvicultura, no dia nove de novembro, determinando atuação supletiva para a Fepam. No entanto, no dia 28 do mesmo mês, a desembargadora federal Silvia Goraieb cassou a liminar e devolveu à Fepam o poder de emitir licenças para silvicultura. O fato foi comemorado em sua página na internet.

O imbróglio só deve acabar após novas rodadas judiciais. Enquanto isso, os plantios seguem e os ambientalistas prometem novas ações. Eles querem que o licenciamento siga o Zoneamento Ambiental já pronto, mas desrespeitado pela Fepam. O texto tramita no Conselho Estadual do Meio Ambiente, presidido pelo secretário estadual Carlos Otaviano de Morais. “O zoneamento foi considerado restritivo pelas empresas de silvicultura. Houve pressão política e econômica para descartá-lo”, diz Vicente Medaglia, do Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais (Ingá).

As ONGs devem protocolar em breve novo recurso contra a Fepam. Devem citar, inclusive, que o Pampa é um bioma transfronteiriço, o que obrigaria ao menos uma supervisão federal sobre o licenciamento da silvicultura. A Resolução 237/1997 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) afirma, em seu Artigo 4º, que compete “ao Ibama (…) o licenciamento ambiental (…) de empreendimentos e atividades com significativo impacto ambiental de âmbito nacional ou regional, (…) cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do País ou de um ou mais Estados”. “Infelizmente, a Justiça é o último recurso”, reclama Brack, da UFRGS.

No meio da cortina de fumaça, o governo gaúcho trabalha para consolidar os plantios de eucaliptos. Se antes as permissões eram na maioria para pequenos plantios, agora as empresas solicitam licenças para cultivos que batem nos 100 mil hectares. O Diário Oficial do Estado de 6 de novembro traz quatro pedidos de Licenças Prévias da Aracruz somando 100 mil hectares. As plantações têm como alvo dezenas de municípios nas bacias hidrográficas dos rios Camaquã, Baixo Jacuí, Santa Maria e Vacacaí-Vacacaí-Mirim. Votorantim e Derflin (Stora-Enso) têm pedidos semelhantes.

Para consolidá-los, o governo gaúcho realiza este mês audiências públicas. Elas acontecerão entre os dias 12 e 20, em Alegrete, São Gabriel, Pelotas, Camaquã e Butiá. Segundo o governo, as reuniões servirão para análise dos Estudos de Impacto Ambiental feitos pela Aracruz, Derflin e Votorantim. Para quem quiser conhecê-los, basta ir à Biblioteca da Fepam, em Porto Alegre. O estudo da Stora-Enso, por exemplo, tem 2.370 páginas. “As audiências públicas servirão para legitimar processos já em curso. Serão lotadas com pessoas mobilizadas pelo empresariado. Será quase uma boiada defendendo o imediato. O estado está de costas para a sustentabilidade”, diz Brack, da UFRGS.

O MPF parece concordar com a opinião do ambientalista, reconhecendo que “já substancialmente implantada parte considerável da base florestal de cada uma das empresas rés, não há como voltar atrás no tempo e fazer (…) estudo prévio à sua implantação. Há, contudo, (..) como minorar as conseqüências de (…) tal implantação, mediante a cessação imediata (..) dos plantios (…).”.

Extraído do site O ECO – Clique aqui para acessar a página. 

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Ronco do Bugio no Redemoinho

No programa gravado no dia 08/12, fizemos algumas entrevistas no IV
Encontro do Redemoinho (Movimento Brasileiro de Espaços de Criação,
compartilhamento e Pesquisa Teatral), que rolou nos dias 3 a 5 de
dezembro na Terreira da Tribo, em Porto Alegre. Também estivemos no
lançamento do cd da banda Udi e a Geral no dia 06 de dezembro no Teatro
Bruno Kiefer, na Casa de Cultura Mario Quintana.

Clique nos links abaixo para fazer o download do programa: 


 

| Bloco 1 | Bloco 2 | Bloco 3 | Bloco 4


 

Se você preferir por ouvir apenas, clique aqui

 

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Udi e a Geral

Capa do Cd Udi e a Geral, todos os direitos reservadosA banda foi formada em 2004 pelo cantor e compositor Udi Fagundes e pelos músicos Patrick Thomazinii (baixo), Jõao Vitor (bateria), Diego Lima (sax), Rafael (teclado) e Jota Junior (percursão).



A música da UDI E A GERAL têm influência latina, mescla samba com reggae, tem cavaquinho e metais e uma percussão atenta ao diverso apelo da bateria progressiva e do baixo marcando presença precisa na diversidade musical proposta.

Cantam em português, em espanhol, tocam na Argentina e na Restinga, laboram no Bom Fim e preocupam-se com o universo cultural, criando música para o mundo. Mundo este que tentam colorir para os jovens da periferia, exercendo o trabalho de preencher seu tempo com instrumentos musicais utilitários, encaminhando vidas para que se deixem sentir, ouvir, tocar e sorrir.

Criaram para si, não apenas a uma linguagem de expressão, mas também uma forma estética orientadora e formatadora, que busca compartilhar os sentimentos humanos.

Fazem música sabendo porque fazem, sem cinismo fabricado. Fazem a sua arte sabendo onde os sapatos lhes apertam – não trocam memória por tênis importado.

Usam sua experiência e feeling em atividades nas escolas da Restinga e querem estender esta ação para outras comunidades de baixa renda e carentes ao sair da teoria dos projetos. Trabalham efetivamente e comprovadamente (em anexo) em cidadania cultural.

Chegaram até aqui com muito trabalho, luta e mérito. Conseguiram editar o cd e o clipe, e com estes dois instrumentos aproximar o diálogo com jovens e adolescentes.

O clipe trata da desgraça do uso de crack na periferia, desvio de rota dos jovens que por falta de opção, pressão do meio e perda da consciência de valores e auto-estima, se entregam a este vício crescente na nossa cidade.

UDI E A GERAL desejam a exemplo do que acontece no FERES (Fórum de Educação da Restinga), ampliar shows e oficinas – promover multiplicadores de idéias e de questionamento sobre o meio em que vivem.

A primeira música a ser gravada pela banda é o Samba para El Mundo, música que também tocou nas rádios européias divulgada pelo site Música do mundo.

O grupo sonha em poder lançar seu Cd, com suporte técnico de qualidade,justificando o trabalho que disponibilizaram para a edição do disco.
 
   

Cronologia de atividades:

Lançamento do vídeo clipe "O fulano e a busca" Festival de Cinema de Gramado 2007. Que concorreu no festival como melhor vídeo clipe brasileiro.

No verão de 2007 agitaram o canto sul da Praia do Rosa.

Abertura do show da banda Easy Stars all Stars, juntamente com a banda No Palidece. Buenos Aires abril de 2006.

Apresentação com músicos das bandas Sumo, Divididos no Estádio Luna Park, abril de 2006.

Ministraram oficinas em 25 escolas no projeto Sons das Águas (da Corsan), que utilizava instumentos musicais com materiais reciclados, em 2006.

A música La Buena Negra vira o hit do litoral sul catarinense no verão de 2006.

Em 2005, gravam seu primeiro demo, Batucada, que também foi divulgado no Underground de Brasil, Argentina, Chile e México.

Fórum Social Mundial em janeiro de 2004.

Festival das Artes da Universidade do Rio de Janeiro em novembro de 2004.

A primeira música a ser gravada pela banda é o Samba para El Mundo, música que tocou nas rádios européias divulgada pelo site Música do mundo em 2004.

Dezembro a banda lança seu primeiro CD.

Release do lançamento do Cd

 
A banda Udi e A Geral lança seu primeiro Cd, no dia 6 de dezembro no Teatro Bruno Kiffer, da Casa de Cultura Mário Quintana.

O lançamento terá a participação especial do Dj francês Pierre Pontett, Paulo Dionísio, Marcelo Salgueiro, Mc Malic, Geraldo Cargê, Cargê Junior, Thiago Suminski, Nego Tigas, Nitro Di e .

A banda que completou 3 anos em junho, compreende em sua trajetória apresentações na Argentina, litoral sul catarinense e na cena porto alegrense. Além de ter suas músicas tocadas nas rádios européias e da América Latina através do site Música do Mundo.

O Cd contém 14 faixas de autoria própria, gravado de forma independente com uma tiragem inicial de 3 mil cópias, vendidos no dia ao valor de R$ 10,00.

Gancho: Os músicos desenvolvem trabalhos comunitários na Restinga.
Telefones para contato:
Udi: 9265-2007     udieageral@hotmail.com
Diego: 9748-1051
 

Site:     www.udieageral.com /www.myspace.com/udieageral

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Vivenciando a cultura na Restinga

ConviteNesse
sábado foi lançado na Restinga a publicação chamada "Vivenciando a
Cultura na Restinga", que foi o resultado de um projeto do Instituto de
Psicologia da UFRGS em parceria com diversos oficineiros do bairro. A
publicação conta com relatos pessoais, descrição das oficinas e os
desafios de um projeto desse tipo. A princípio cada oficineiro ganhou
15 livros, mas se pensa em disponibilizar o livro online. O evento
contou com uma rádio poste na feira modelo da Restinga e com a
apresentação do grupo de Teatro da Oficina da Terreira da Tribo que
rola na Restinga, que apresentou a peça chamada "A Lenda da Cobra Grande". Segue abaixo algumas fotos:
 
Rádio PosteRádio Postefinal de tardecobra grandecobra grandecobra grandecobra grandecobra grande
 
Fotos tiradas por Marcos Vinicius Goulart 
 
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Programa Juventude em Foco

Crédito Patrícia Fasano

O programa "Juventude em  Foco" foi uma experimentação desenvolvida por dois estudantes universitários e dois moradores do bairro Restinga, que tinha como fim pensar a juventude do bairro. O programa foi uma experimentação de pesquisa, que resultou em um artigo chamado "Tensões Acerca do Protagonismo Juvenil", que será publicado no ano de 2008. Esse programa foi gravado no dia 16 de Junho de 2006, e tinha como tema: "O que é ser jovem na Restinga?". Além disso, o programa contou com a participação do grupo de funk chamado "Galáticos do Funk" cantando ao vivo.

Clique nos links abaixo para fazer o download do programa: 

 

 
Se você preferir por ouvir apenas, clique aqui

 

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Vivenciando a Cultura na Restinga

Convite

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Mídia, entre a dominação e a autonomia cidadã

mídia corporativaPalestra ocorreu nesta segunda, 26, no auditório da SEDUFSM

A relação entre “Comunicação e poder” é complexa, não se resumindo a colocar de um lado uma imprensa manipuladora e de outro, os manipulados. É preciso levar em conta os espaços de disputa de poder, de conflito, e que a imprensa não tem “poder absoluto”. Esse aspecto foi consensual entre as falas da palestrante de segunda, 26, na programação de aniversário da SEDUFSM, professora de jornalismo da Unisinos, Christa Berger, e de sua anfitriã, a professora de jornalismo da UFSM, Márcia Franz Amaral. Para a docente da Unisinos, quando se fala no poder da comunicação deve-se pensar no lugar ocupado por ela na atualidade e, também, quais os fios que fazem parte dessa teia ligando mídia e política.

Christa Berger explica que os estudiosos do tema conceituam o momento vivido pela humanidade de diversas formas, mas em todos eles, a questão da comunicação ocupa papel de relevo. Alguns falam em ‘sociedade midiática’, outros em ‘sociedade do conhecimento’, outros em ‘sociedade da informação’, entre outras classificações. O fato principal em tudo isso é que se pode considerar que, assim como ressalta Muniz Sodré, professor da UFRJ, a comunicação seria o novo “bios” da sociedade, fazendo parte da sua genética. “A mídia institui e estrutura o nosso modo de pensar, dando sentido às relações sociais”, destacou a professora.

A conseqüência de todo esse processo, que está incluído na chamara era da globalização, é que as pessoas viveriam o que alguns pensadores chamam de a “síndrome do consumismo”, que, se não originada, certamente é acelerado pelas novas tecnologias. “O cidadão bem-sucedido nos dias de hoje é aquele que consegue consumir”, sentencia Christa Berger. Na análise feita por ela, a conjuntura está marcada pelo “descarte”, ou seja, as pessoas almejam algo de forma muito intensa, mas quando conseguem, imediatamente passam a desejar outra coisa e a descartar o que recém obtiveram. A sensação, até certo ponto neurotizante, é de “estar em falta com algo”.

POLÍTICA– No que se refere às relações entre mídia e poder propriamente ditas, partindo para o campo da política, a professora, que também atuou durante vários anos como repórter em veículos como Zero Hora e Folha da Tarde (Caldas Júnior), afirma que a imprensa brasileira “tem um vício de origem”.  O nó principal que explicaria uma espécie de comprometimento da mídia com o poder dominante é que, assim como existe no país a concentração econômica, isso também se reflete na concentração dos meios de comunicação na mão de poucas famílias, o que, inclui, até mesmo políticos, que através de relações de parentesco são donos de grupos de comunicação. Christa vai mais longe e diz que no país não temos uma noção de que a comunicação é um “bem público”. (Para ter mais detalhes sobre a palestra, acesse www.sedufsm.com.br)

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Rádio Santa Isabel sofre repressão da Brigada Militar

Tirado do site do Centro de Mídia Independente

Numa atitude no mínimo arbitrária, somente vista na TV quando se fala em ditaduras como na vizinha Venezuela, a BM de Viamão, municipio da região metropolitana de Porto Alegre, evidentemente a mando da ANATEL, invadiu uma propriedade privada sem mandato tirando a Rádio Comunitária Santa Isabel FM do ar.
Uma pessoa da imprensa local quis fazer fotos mas foi proibido, num ato totalmente anormal numa democracia como a nossa. Se fosse uma residência de traficantes, bandidos ou coisa assim até que se justifica tamanho abuso de autoridade.
Profundamente consternado, Celso Broda, presidente da Emissora, concedeu uma entrevista a Televia TV diretamente do local onde estava instalado o transmissor da Rádio Santa Isabel FM – 91.7. Num local de dificil acesso no Morro Santana, A gravação em vídeo esta em www.televia.tv e também em www.youtube.com/viamaohoje . A segunda parte desta entrevista vai ainda hoje ao ar. Celso Broda, que também é professor em Viamão, e estava justamente transmitindo diretamente de uma escola onde leciona um “programa” criado pelos alunos falando de discriminação racial. Os jovens estavam super animados quando receberam a triste noticia que o sinal havia sido cortado pois estavam retirando os transmissores.
Num momento em que a comunidade clama por socorro, a BM manda seu efetivo justamente atuar em mais um episódio triste para o município, que agora ganha o conhecimento nacional e mundial. Quando se liga para a BM geralmente estão em ocorrências, mas agora podemos ver claramente que ocorrências são estas.
Também o Governo do Estado mente quando diz que não há efetivo, mas basta uma manifestação pacifica da comunidade para surgirem não se sabe de onde, dezenas, centenas de policiais com viaturas, cães e até mesmo helicópteros.
Algo esta errado neste país! Claro que os soldados e subalternos não tem culpa e cumprem bem seu papel. A ordem vem de cima e sabe-se lá que interesses rolam por traz. Seriam interesses políticos, econômicos ou apenas ignorância das leis que deveriam reger esta nação?
Mas á direção da emissora promete para ainda este final de semana recolocar o sinal no ar e convida a todos para a grande festa de aniversário no Salão da Paróquia Santa Isabel, dia 8 de Dezembro.
 
Mais informações: (51) 3045-7552 .
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Programa Logofonia

Filosofia e Alimentação: Míriam Campolina

9/Outubro/2007Filosofia, Filosofia e Sociedade

Miriam CampolinaA
professora Miriam Campolina Diniz Peixoto possui graduação em Serviço
Social pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1985),
graduação em Filosofia na UFMG e na Faculdade Jesuíta de Filosofia e
Teologia (1989-1991, nao concluido), mestrado em Filosofia pela
Universidade Federal de Minas Gerais (1995) e doutorado em Philosophie
– Université Strasbourg II – Marc Bloch (2000). Atualmente é professora
adjunta da Universidade Federal de Minas Gerais. Tem experiência na
área de Filosofia, com ênfase em Filosofia Antiga, atuando
principalmente nos seguintes temas: Pré-Socráticos, Atomismo antigo,
Ética antiga, Problema do Corpo e da Alma, Medicina Antiga.

Filosofia e Alimentação – Parte I

Há uma relação entre o modo de lidar com os alimentos e nosso modo de pensar e fazer nossas escolhas na vida.

Sistemas contemporâneos de alimentação como o fast-food e a comida a
quilo privam o homem da experiência de convivialidade, o levam à pressa
para comer, à compulsão e a provar de tudo que há disponível.

A reflexão sobre a alimentação é um terreno frutífero para o
pensamento filosófico, sobretudo no campo da ética. Desde a
antiguidade, muitos filósofos trataram diretamente dessa questão.

Filosofia e Alimentação – Parte II

“Como comemos somos” oferece uma dupla reflexão sobre a alimentação:
1. O modo como nos alimentamos é demonstrativo daquilo que somos; 2.
Comer junto instaura uma comunidade entre os comensais.

No fast food, por comermos solitariamente, o homem se priva de uma
condição quase que inata do homem de se constituir enquanto ser social
no ato de comer.

Filosofia e Alimentação – Parte III

Como pensar os distúrbios alimentares da bulimia ou anorexia a
partir de uma reflexão filosófica sobre o alimento? Etimologicamente,
esses termos vêm do grego e indicam, um por excesso (bulimia) e outro
por falta (anorexia), uma incapacidade de lidar com os próprios
impulsos e desejos.

Narração do texto de Xenofonte sobre o exemplo socrático da
moderação. Sócrates, diz-se, agia em harmonia com o próprio apetite e
fazia das refeições e de sua moderação uma fonte de prazer.

Filosofia e Alimentação – Parte IV

A professora Miriam apresenta a idéia da “cosmofagia”, enquanto
comemos, comemos o próprio mundo, participamos dele. O ato de comer
reintegra o homem ao macrocosmo. Aquilo que está fora de nós, também,
pela ingestão dos alimentos, se apresenta dentro de nós.

Como pensar o ato de alimentar e as relações quanto aos modos de
produção e a influência da mídia? É interessante que muitas vezes
deixamos de consumir o alimento nele mesmo para buscar esta ou aquela
marca. Um exemplo interessante sobre o debate quanto a alimentação é o
movimento slow-food cuja proposta é divulgar um modo de alimentação
mais voltado ao homem.

Sugestão de livros: “A razão gulosa: a filosofia do gosto” e “Ventre
dos filósofos” de Michel Onfray, ambos publicados no Brasil pela
editora Rocco. “A história da alimentação” de Jean Luis Flandrin e
Massimo Montanari publicado pela Ed. Estação Liberdade. Sobre o
movimento do slow-food, visitar o site da organização: www.slowfoodfoundation.com

Extraído do Site: http://www.fafich.ufmg.br/petfilosofia/logofonia/ 

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Ação Griô Nacional realiza encontro no Ceará

Encontro na cidade de Cascavel, no Ceará, começou
hoje e segue até o dia 29, com representantes de uma rede de
transmissão oral de seis Pontos de Cultura dos três estados da região
Nordeste

Jornal iTEIA com informações do MinC

A Ação Griô Nacional realiza o 7º Encontro Regional e o 1º Encontro de Educação e Tradição Oral da Regional CE, MA, PI de 27 e 29 de novembro, na cidade de Cascavel, no Ceará. Participam representantes de uma rede de transmissão oral de seis Pontos de Cultura dos três estados da região Nordeste.

A
iniciativa tem como objetivo apoiar os griôs aprendizes dos Pontos de
Cultura, os educadores das escoals e universidades e demais atores na
sistematização, estudo, vivência e registro em direção a uma pedagogia
e a um projeto pedagógico que potencializem o diálogo entre a rede de
transmissão oral e o currículo da escola. Também visa o
compartilhamento de saberes e afetos que potencializem a construção da
rede de transmissão oral da região.

A abertura do 7º Encontro
contará com a presença da coordenação da Ação Griô Nacional –
Ministério da Cultura e Grãos de Luz e Griô -, representantes do MinC e
autoridades locais, instituições parceiras e convidados.

Nos três dias de realização do
encontro estão programadas diversas atividades que envolvem a
apresentação da missão Ação Griô Nacional; ritual com o Velho Griô;
encontros temáticos – Educação e Tradição Oral; Vivência na Escola;
apresentações culturais dos Pontos de Culturas; cortejos; Estudo e
vivência da Pedagogia Griô; Roda dos Griôs; filmes; Circulo de cultura
e vivência da Educação Biocêntrica; relações étnico-raciais positivas.

GRIÔ

A Ação Griô Nacional é uma ação integrada aos Pontos de Cultura do Programa Cultura Viva da Secretaria de Programa e Projetos Culturais do Ministério da Cultura (SPPC/MinC). Foi inspirada e concebida pela criatividade e inovação metodológica do Ponto de Cultura Grão de Luz e Griô de Lençóis, na Bahia.

No Piauí, a ação foi implantada em junho de 2007, no Ponto Cultura ao Alcance de Todos
da cidade de Floriano. Coordenado pelo Grupo Escalet, tem como mestre
Ademazinho Soares que juntamente com a Ação resgatou, durante as festas
juninas, o Boi Terror das Ondas, fundado em 1953.


(Fonte: Ação Griô Nacional)
(Edição: Comunicação Social/MinC)

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